Gritos de Horror (16/09/2014
Guto Miranda)
Os trilhos gritavam o horror presenciado
Eram as vozes dos espíritos querendo se comunicar
Uma voz embargada por tempos de horror e tortura
Que nem a morte pode calar
Imagens perdidas no tempo
Muitas nem mesmo identificadas
Guerra, sangue, medo
Palavras fortes que fazem parte do passado
Mas vivas nas mentes dos presentes
Agora eu falando com eles
Eu, justo eu que não sou daqui
Que pouco li sobre tudo isso
Vens me pedir para pronunciar
A agonia que sentir
Oh horror reprimido e vencido
Pelo corpo frágil de um povo miserável e tristonho
Gritos selvagens em busca de liberdade, de vida
Em busca de apenas um sonho
De viver a vida no campo
De ver seus filhos felizes correndo pelos bosques
De ver o inverno chegar e poder se aquecer enfrente a
lareira
E não nas caldeiras do tempo do horror
O tempo não volta
Oro, paro, respiro
Peço a Deus pela vida de todos os inocentes
Vítimas da loucura daquele homem.
Comentário: Esse texto surgiu em minha viagem de trem para Berlin, quase chegando a cidade, os trilhos do trem me gritavam feito vozes suprimidas de tristeza e medo.
impressionante rs... até me arrepiei...
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